“O Diácono Permanente como Agente de Transformação na Sociedade”

O diácono Permanente como agente de transformação da sociedade

O ser humano não vive isolado, como uma ilha. No dia a dia relaciona-se com as pessoas, seja no trabalho, no lazer e também nossa fé é vivida e celebrada em comunidade. Reflita-se um pouco, sobre a missão do Diácono Permanente, configurado a Cristo Servidor e de cada batizado, partícipe do sacerdócio comum dos fiéis como protagonista da transformação da sociedade. “Transformar este mundo pela renovação do vosso espírito” (Rom 12,2). Jesus nos diz:”vós sois sal da terra e luz do mundo”( Mateus 5,13-14). Esta transformação acontece pela vivência do Evangelho, no serviço à Igreja e a Jesus nos mais pobres, vulneráveis, feridos, nos pequeninos do Reino.

 A Missão do Diácono na construção de uma sociedade mais humana e solidária

Deus nos fez à sua imagem e semelhança (Ge 1,26). Deus nos criou, somos obra prima da criação. O Diácono Permanente na construção da sociedade deve promover sempre a dignidade da pessoa humana, que cada ser humano foi querido e pensado por Deus. O Diácono Permanente denuncia qualquer tipo de violação, feridas, a cultura de morte que quer impera r sobre a dignidade do ser humano. O Diácono Permanente é promotor da “vida e vida em abundância” (Jo 10,10), ordenado pra servir o seu próximo, lavar os pés de cada irmão.

A dignidade igual das pessoas humanas exige o esforço para reduzir as desigualdades sociais e econômicas excessivas e leva ao desaparecimento das desigualdades iníquas. A solidariedade é uma virtude eminentemente cristã que pratica a partilha dos bens espirituais mais ainda que dos materiais (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 2000, P 515, 1947-1948 ) A compaixão a exemplo do Bom Samaritano ajuda-nos em atitudes mais humanistas e de solidariedade, que o outro é ser humano como eu.

O Diácono e a defesa dos direitos humanos

A vida é um dom sagrado. O primeiro direito de cada homem é o direito a vida (da concepção até a morte natural).  Cada um tem o direito as condições mínimas para viver com dignidade. Direito a moradia, ao trabalho, a saúde, a educação, a alimentação etc.

“ Uma sociedade justa deve respeitar e promover a dignidade da pessoa. A ordem social é para os homens e deve orientar por aquilo que o ser humano precisa necessariamente para uma vida humanamente digna”.( DOCAT,2016, p. 65).

O Diácono ajuda concretamente não como militante político e sim pela Diaconia da Caridade.  Defende que cada homem deve ser seus direitos atendidos e respeitados. “Se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida. É maravilhoso ser povo fiel de Deus. E ganhamos plenitude quando derrubamos os muros e o coração se enche de rostos e nomes” (Papa Francisco, EG 274).

A colaboração do Diácono na educação para a paz e a justiça

Como Diáconos devemos nos comprometer e exercitar a bem aventurança: ”Bem aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus” (Mat.5,9). O Diácono Permanente deve ter a consciência que o “Evangelho obriga veemente o homem a empenhar-se pelo amor, pela justiça, pela liberdade e pela paz”.(DOCAT,2016, p.40). Devemos ter um compromisso sério, em meio a tanta violência, de promovermos a paz. Como cristãos usarmos a força da paz e da justiça, pois o Cristo servidor é a nossa paz e nossa justiça.” Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus”. (Mat. 5,10).

O Diácono como promotor do diálogo inter-religioso e ecumênico

Em nossa vida cotidiana como Diáconos nos deparamos com o pluralismo religioso. Em nossa vida social, nossos trabalhos, convivemos com crentes e não crentes. O diácono “ vai ao encontro de pessoas de qualquer religião, fazendo um servidor de todos como Jesus”. ( DDP, 55 ). O viés da paz deve ser o vínculo de todas as religiões, principalmente as religiões cristãs.  O diácono é testemunha de Cristo, que é a Verdade, no entanto este diálogo deve ser feito na verdade. “não há verdadeiro ecumenismo sem a conversão interior. Os anseios de unidade nascem e amadurecem da renovação da mente, da abnegação de si mesmo e da libérrima efusão da caridade”. (UR 7).

 A participação do Diácono na luta contra a pobreza e a exclusão social

Na sociedade em que vivemos é gritante as desigualdades sociais. São muitíssimas pessoas em pobreza extrema e até mesmo na miséria.  O Diácono é voz profética dos sem vozes, não admite que se “comprem os infelizes por dinheiro e os pobres por um par de sandálias”. (AM 8,6 ). O Diácono está próximo dos crucificados deste mundo, estendendo-lhes a mão e dizendo-lhes como Jesus : “ levanta-te e põe-te em pé, aqui no meio “. (Lu 6,8).

Na promoção social e navivência das obras de misericórdia, o Diácono assume a opção preferencial pelos pobres, marginalizados e excluídos. Ele é apóstolo da caridade com os pobres envolvidos com a conquista de sua dignidade e de seus direitos econômicos, políticos e sociais”. ( DDP, p.31-32 ).

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